Acaba de ser anunciado o governo para o segundo mandado de Passos Coelho como primeiro ministro de Portugal, o leque de ministros e ministérios escolhidos é o seguinte, em que se destaca o aparecimento de duas novas pastas:
Primeiro-ministro: Pedro Passos Coelho
Vice-Primeiro-Ministro: Paulo Portas
Ministra de Estado e das Finanças: Maria Luís Albuquerque
Ministra da Agricultura e do Mar: Assunção Cristas
Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social: Pedro Mota Soares
Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiro: Rui Machete
Ministro da Justiça: Fernando Negrão
Ministro da Modernização Administrativa: Rui Pedro Costa Melo Medeiros
Ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania: Maria Teresa da Silva Morais
Ministro da Defesa Nacional: José Pedro Correia de Aguiar-Branco
Ministro da Presidência e do Desenvolvimento Regional: Luís Marques Guedes
Ministro da Administração Interna: João Calvão da Silva
Ministro dos Assuntos Parlamentares: Carlos Henrique da Costa Neves
Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia: Jorge Moreira da Silva
O ex-primeiro ministro José Sócrates esteve esta tarde em Vila Velha de Ródão a convite da militante socialista Maria do Carmo para discutir a justiça e a politica. Com a plateia repleta e com forte apoio para com o recém libertado politico do partido socialista.
Então ao que parece o grande derrotado que no dia das eleições, que em pleno discurso após saber os resultados ouviu os militantes socialistas que adivinhavam a sua demição a bradarem aos céus para que não o fizesse, está agora em vias de se poder tornar primeiro ministro de Portugal.
Costa pode ser em breve o heroi do Largo do Rato, caso chegue a um acordo com o Bloco e o PCP. A politica tem destas coisas, um aparente derrotado das eleições, pode por via de uma maioria de deputados no parlamento, quando somada toda a esquerda, tomar o poder ficando a coligação ganhadora das mesmas delegada para o papel de oposição.
É a democracia a funcionar, segundo a constituição o que o PS poderá vir a fazer é legal. Moralmente falando, parece pouco legitimo porque o PS nunca disse aos portugueses que estaria disposto a coligações, quer com sua esquerda, quer com a direita.
Tendo em conta isso, os votantes do PS parecem não estar muito confortáveis com a possibilidade de formarem governo desta forma, depois de mais uma "vitória pequenina".
Dizia-me hoje de manhã um trabalhador de uma lavagem de automóveis... "É pá, isto houve eleições ontem, mas isto não muda nada! Um gajo tem de voltar hoje a trabalhar outra vez..."
E assim se faz uma análise crua e dura, feita pelo povo, aquele que durante a campanha é citado até à exaustão. Os dramas das formações de governo ainda não chegaram às verdadeiras maiorias, apesar de na televisão andar tudo histérico com a tempestade de instabilidade que se avizinha.
Toda a gente sabe que a campanha eleitoral é um circo mediático. Nada melhor que ver a comitiva e toda a estrutura que segue a campanha de um partido, para verificar o nível de investimento de cada estação de televisão para cobrir os eventos de campanha.
Um destes dias vi in loco, todo o circo montado em volta da mesma e é incrível ver como a RTP, de todas as televisões é a que mais meios mobiliza para a mesma. É chocante e gritante a diferença de meios que vemos nas diferentes televisões. SIC e TVI tinham uma carrinha de directos e um ou dois carros de apoio. Já a RTP, tinha toda uma caravana de carros, eram mais de uma dezena com toda a certeza...
Assim, em algo tão simples, é notório a diferença entre a gestão pública e privada. O estado não nasceu para ser eficaz na gestão de empresas, a realidade acaba por confirmar isso, por muito que possa custar e perceber se tivermos uma ideologia que vive mal com tal coisa.