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    Sei lá, ou o filme domingueiro

    Um destes dias dei por mim a procurar pelos filmes portugueses que tem saído nos últimos meses (anos?) e encontrei alguns algures por esse mundo da net.

    Hoje comecei por ver o "Sei lá". O filme baseado no livro da Margarida Rebelo Pinto e que me lembro, na altura que saiu, ver por aí toda a gente a dizer cobras e lagartos. Ele era a cópia rasca do Sexo e a Cidade, ele era um filme sem conteúdo, cheio de falas pobres e básicas, onde se reduz o homem a simples objectos.

    Se calhar até têm razão em grande parte das criticas, mas é um filme honesto, que não pretende ser uma obra para nomeação aos Óscares, é entretenimento, um bom filme para não fazer pensar demasiado!

    É previsível? É... Dá para perceber mais ou menos sempre o momento seguinte do filme? Dá... É cheio de cenas cliché? Sim é repleto disso!...

    Mas e daí? Que mal isso tem? O cinema português precisa de mais filmes de entretenimento, é isso que cativa as massas, é isso que dá dinheiro aos produtores para poderem rodar mais. Talvez seja esse dinheiros destes filmes "básicos" que aparece a margem financeira para, de vez em quando, fazer um filme mais profundo com mais ambição, com um sentido estético e artístico mais apurado.

    Hollywood tem esta mesma receita, que a reproduz vezes sem conta, muitas vezes com resultados bem piores do que este Sei lá, e não é por isso que vejo cair o Carmo e a Trindade.

    Cumpre o que promete, entretém. O resto, as críticas de cinéfilos de trazer para casa, são tiques de superioridade intelectual e moral, de quem no fundo foi dos primeiros a ir ver o trailer e depois o filme (em casa às escondidas). Venham muitos Sei lá.

    Prefiro ver este filme que tenta colocar pessoas nos cinemas portugueses e a dar emprego e sustento a quem trabalha no cinema, que as pseudo obras artísticas do cinema requintado que apenas cativam cadeiras vazias paras as salas.

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